Teresa’*Tocava*
Ele tocava, ela sentia. Ele introduzia, ela gemia. Era assim a cada manhã, por sete dias corridos e ininterruptos. Um ciclo vicioso, fodido e gostoso! E não era rápido. Não! Se demoravam, se debruçavam, se lambiam, se roçavam. Os pelos embaraçavam. O ar se tornava sensualmente úmido. Respingado de vontade. Ele começava com a ponta de seus dedos. Beijava cada uma das falanges dela enquanto uma de suas mãos se molhava no quente do meio das pernas. Era exatamente ali que ela sempre se arrepiava. Onde havia uma fina camada de textura elevada na sua pele alva. A pele dela era sim muito branca. E a pele dele cheirava a jabuticaba. Brilhava em negro mistério. Parecia um poço profundo, onde a cada manhã ela queria se jogar. Depois dos dedos, ele, ereto e rijo, ciente de seu próprio corpo, penetrava dentro dela toda essa consciência realizada. Ele metia com força! E de novo, e de novo, de novo… De lado, de costas, de quatro, em pé esmagada contra a fria parede de pedra. Depois ela subia, montava. Cavalgava, longe, longe. Voava e aterrizava de volta completamente partida e esgotada. Então, ela se deitava de lado e respirava um pouco, observando o balanço das cortinas finas na janela. Ele se levantava para lhe preparar o café. Mas antes, lhe tocava uma música. Em sua velha Teresa, a gaita. Ela se levantava para lavar o rosto e se contemplava no espelho. Era uma bela mulher!
Unknown
25 maio 2017 @ 22:46
Maravilhoso.