Santa’.Ser.
Santa sentou-se sozinha para lavar-se. Ardia, pinicava, ascendia. Santa estava logo em chamas. Suas labaredas respingavam livres e pelantes. Santa sentia a enxurrada que invadia sua vagina correndo com violência para dentro do santuário dela. Suas profundidades, suas entranhas. Seu centro ligado à ancestrais que orquestram de algum lugar, qualquer lugar, os tremores duros que seus músculos envolto em pele quente resultam. Como se Santa fosse pedra robusta e bruta no horizonte da estrada. E ao se aproximar dessa montanha, percebe-se a marca d’Água preenchida de água a escorrer pela parede do corpo estrondoso. E o sol está a pino no meio do céu liso e azul, queimando junto com o fogo que nasce de dentro desse corpo-pedra-montanha que tem tudo dentro de si. Pois pode ser tudo, se conhecendo, se cavando, revelando-se selvagem, movimentando-se dentro, do fluxo, fluindo leve e densa, como tem que ser. Ser. Santa era ali naquele instante, ainda mais Santa. Dona do seu prazer.