.Peões.
Foram para a garagem. Há oitocentos metros um grupo operário brocava algo e o casal já trepava. Chegaram arrancando as roupas, acendendo um baseado e se lambendo loucos, tudo ao mesmo tempo. O pau já estava duro e a boceta molhada. Sentiram ambos um ao outro, dentro quase que sem ver. Tudo passava borrado. Sons, tons, peles e dentes… Tudo mordendo ali, apertando aqui, prendendo e soltando. Era noite e pensavam estar sozinhos mesmo sabendo de certo perigo. A boceta apertou ondulante o pau que carregava dentro de si e o expulsou num impulso involuntário coberto de seu gel. Transparente e consistente o suficiente para creditar seu prazer. Quando terminaram, suados, ofegantes e vermelhos, viram dezenas de olhares arregalados e secos sem piscar, vidrados no ato que diante de seus olhos espectadores assíduos de carne, de bastidores e de oportunidades, compartilhavam mudos. Todas essas dezenas de olhares carregavam em suas mãos paus gozados. O antagonista Pau se reservou e carregou a mão da mocinha Boceta que sorria, vívida e tranquila!