Murici’.O que não dá.
Murici foi pega de surpresa. Foi adentrada sem aviso prévio. Poderia configurar um estupro. Mas o que assustou foi o prazer que sentiu. Estupro não seria mesmo pois ela o queria, há tempos o queria. Ele chegou com a dureza no ponto e sua vagina já molhada do sonho desperto pelo impacto dele dentro dela. No preenchimento sem aviso gozou quase que instantaneamente sentindo cada movimento ondulante de suas paredes internas. Sentiu também que ele sentiu. Por isso, o gozo foi concomitante, com pequenos milésimos de diferença. O jorro dela durou mais, encharcou mais, surpreendeu mais. Ele tonto, afogado, exausto, tombou ao seu lado, como um menino farto da melhor brincadeira, de um dia livre, feliz, sem culpas. Ele recém divorciado segurou até o último minuto para possuir o que já o possuía há tempos. O desejo de Murici. Por ele. A força da energia despendida dos poros dela sobre a presença dele. Aquela coisa de vontade enrustida, desejo reprimido, proibido. Finalmente realizado em cima dos lençóis solitários dela. Ele nunca mais saiu de cima daquela cama. Findariam os dias assim, realizados.