Camille’.Combo.
Camille Bomverde era uma garota diferente. Não era da calçada e nem de luxo. Era digamos, peculiar. Subjetivo, não? Mas na verdade, é bem simples. Camille só transava com dois ao mesmo tempo. Sempre! Se viesse um pobre coitado solitário, ela botava pra engrossar as canelas. Podiam ser dois homens, duas mulheres, um casal hétero… Mas tinham que ser dois. Camille Bomverde fazia questão de gozar. Amava seu trabalho. Sabia fazer como ninguém, recebia uma boa grana e uma deliciosa descarga energética completa. Enquanto um fodia, enfiando dedo, língua ou pau, o outro ser humano fazia o sexo oral. Camille entregava o corpo ali, na boca e no contorno de estranhos pagantes. Era divino, descabido, mas muito bem medido. Camille Bomverde montou assim, um cardápio de combos. Esse descrito agora, era o combo um. Os combos dois e três, envolviam mais pessoas. Aqueles que ficariam em seus seios e boca. Outros a quem Camille só assistiria. Como uma crítica de teatro, como uma voyer de alto calibre. A moça era de fato realizada e feliz. E não escondia. Todos sabiam. Sentia orgulho. Estranhamente, mas sentia. A família jamais compreendeu. Camille lamentava. E seguia. Torcendo narizes e acumulando gozos múltiplos e ininterruptos. Fluidos, como a vida deve ser.