Maria Joana'(Coelhinha dengosa)
Maria Joana sempre foi um espetáculo esculpido em arredondadas formas femininas. Pele e texturas macias e firmes. Um prodígio do sexo. Tão logo completou seus 18 anos, saiu no pôster central da revista masculina mais famosa do mundo. E conforme a idade avançava, mais interessante Maria Joana se tornava. Uma menina-mulher, madura e independente. Uma Playgirl para Playboy nenhum botar arrependimento. A moça era muito bem tratada sempre! Tinha camarim exclusivo, uma secretária particular, um agente deliciosamente gay que a defendia de todo e qualquer troglodita que tentasse se aproximar da estrela nua sem o seu consentimento. Era assim, a mulher mais fotografada e talvez a mais desejada dentre tantas coelhinhas lindas e saltitantes. Mas Maria Joana estava cansada. Queria a paz de um colo para repousar e um coração sincero para chamar de nosso. Queria aquietar sua própria vaidade. No auge e cansada, Maria Joana se despiu de vez das lingeries, orelhas e rabinho. Saiu pela porta da frente deixando todos de olhos marejados. Dentro de uma regata branca e uma calça jeans, simples e linda, Maria Joana só levou consigo o seu agente e amigo. E dentro de um tempo passado mas quase não sentido, o amigo se tornou o colo abrigo. E juntos, ela e ele, dividiram seus corações sinceros. Não tinha sexo. E estava tudo bem.
Emilinha’.Na Rede.
Emilinha, garota esperta, saltitante, nova e bem resolvida. Seu espelho sempre lhe disse coisas boas sobre si mesma. Bem articulada e serelepe. Emilinha, nota A, líder de torcida e presidente da comissão de formatura de sua turma. Sabia falar alto e bom som. Olhava sempre nos olhos. Cumprimentava a todos da escola com um largo sorriso rasgando seu rosto delicado. Emilinha, simpática, bonita, e virgem. Todos sabiam. E isso não era vergonha.
Um dia, o professor de sociologia Astolfo, passou um trabalho em grupo bem cabeludo. Era preciso apresentar de forma criativa, o impacto das redes sociais nos tempos modernos. Emilinha, social com absolutamente todos, chamou os sete meninos mais excluídos da turma para fazer parte do seu grupo. A menina tinha rompantes de caridade. Clarice, sua melhor amiga, ficou magoada por ter sido preterida pela popular Emilinha. Mas de certa forma, já estava acostumada com a sensibilidade exacerbada da menina. Marcaram de adiantar o trabalho naquela mesma tarde, após o último sinal bater. A líder ofereceu sua casa, afinal era bem perto da escola. Iriam a pé. E foram. Chegando no portão, Emilinha despediu-se de seus pais que saíam para o segundo turno de seus trabalhos. A mãe achava a filha de uma doçura desconcertante. Foram embora orgulhosos da cria feita. Emilinha, como uma boa anfitriã, encaminhou os meninos para seu espaçoso quarto. E lá, aqueles projetos de homens, cheios de espinhas, com a calças largas pousadas até a metade da bunda sentaram-se para ouvir as diretrizes da primeira aluna de sua turma. Mas a garota não falou um A sequer. Porém, usou sua língua. De um por um, foi colando seus lábios em cada uma das sete bocas estupefatas e mal ajustadas. Emilinha se despiu e comandou a partir dali, uma orgia fascinante! Dedos nervosos e dorsos suados e magrelos se debatiam por cima e por baixo da menina que tremia e gemia como uma gata em seu primeiro cio. Emilinha foi tocada, penetrada, mordida, apertada, e finalmente gozada por todos! Bem, quase todos. Roberto, o rapaz mais bonito e experiente, se preocupou. E o trabalho? Depois de tudo aquilo, ninguém conseguiria mais estudar. Se concentrar, impossível! Emilinha se vestiu, foi ao banheiro e se lavou. Tudo sob um silêncio ensurdecedor. Roberto também se calou e esperou. Não tinha forças para questionar aquela avalanche feminina. Emilinha, recomposta, apenas disse: “não se preocupem, eu já possuo uma pesquisa sobre o assunto. O trabalho vai ficar bem honesto”! Os meninos riram ansiosos e abestados. Na semana seguinte, data prazo para entrega do trabalho, o professor Astolfo chamou o grupo de Emilia Nunes para abrir as apresentações. A moça foi a frente da turma acompanhada de seus sete integrantes, abriu sua página no Facebook e apagou as luzes. O projetor então começou a rodar o resultado de uma tarde de trabalho. Astolfo e toda a turma não podiam acreditar no que os próprios olhos enxergavam… A grande garota da escola por baixo de paus, bocas e mãos eletrizados na tela branca. Emilinha, vez ou outra por cima, cavalgando selvagem e livre. Sorria. Os meninos começaram a chorar e todos à sua volta não demonstravam reação. Professor e turma paralisados. Quinze minutos de um pornô autêntico, realmente honesto. Emilinha finalizou: “o debate vem agora galera! Curtam ou não. Mas não deixem de comentar”.
..Por partes..
Ela entrou
Parou
E tirou
Tudo o quanto pôde
Resistindo
Ao inevitável
O desejo
Instaurado
Vivo
Intrínseco
Verdadeiro
Tirou e
Nua
Deu
Se
Deu
Com força
Vigorosa
Linda
Vagarosa
Presente
Vertiginosa
Lânguida
Nua
Transpirava
E sussurrava
Sendo adentrada
Envolvida
Chupada
Fincada
Agraciada
E ali deitada
Estava
Ela
Toda
Gozada.
Maura’.Paraíso de carne.
Maura acordou incrédula. Estava nua, completamente, vestida de nascimento. E parecia mesmo ter acabado de nascer. Em um novo mundo. Ainda com a visão embaçada, conseguiu diferenciar as linhas femininas e masculinas de tantos outros corpos nus. Alguns ainda se cobriam de purpurina. Mas os bicos duros e os paus largados desfilavam quase puros por entre brilhos. O cenário era selvagem, natural, de um verde profundo e sem fim. O frescor cortava a sensação intensa de calor por entre as clareiras de luz absorvidas por aquela desconhecida floresta. Maura passou a caminhar como uma turista cansada do trabalho que deixara para trás e ávida pela novidade de uma viagem tão esperada. Espera! Era isso? Maura estava viajando? Não queria saber ao certo a resposta. Embarcou naquela realidade absurda mas estranhamente íntima. Seus olhos, agora bem abertos, registravam orgias à beira de cachoeiras dantescas. Milhares de corpos misturados. Gemidos altos e gritos nada abafados. Dedos, línguas, lábios, peitos… Bundas montanhosas faziam desenhos inimagináveis no ar, sob rasantes de borboletas azuis cintilantes. O beija-flor seduzia a flor, uma banda de marchinha antiga tocava ao longe e cachorros sadios permaneciam grudados por horas a fio. Maura acordara em um mundo livre, despido, desinibido. Maura, tomada por trás, sem aviso, se deixou cair em quatro braços que de repente a envolviam e percorriam seu dorso arrepiado e macio. A música ficou mais alta, os gritos mais sentidos e toda a nudez ali presente compôs o quadro mais bonito do artista que o pintava. Maura, no centro da tela, exposta em cores muito bem arquitetadas, sendo lascivamente amada! O desejo ali, a olhos vistos. Bocas nervosas que bebiam seu espumante e comentavam enlouquecidos sobre a nova obra do recente queridinho das artes. Ele, o artista. E Maura, sua esposa, a protagonista.
.Ie.
Vem Iemanjá, rainha de todo o mar
Vem lavar minha alma sofrida
Meu retorno oportuno
Minha evolução tão sentida
Vem lavar
Traz as ondas
A clareza
As espumas
Vem
Me banhar de teu calor
Me gelar
Te mergulhar e ser devolvida
Sentida
Vem
Vem lavar
Minhas feridas
Minhas angústias
Meu caminho
Meu caminho
Meu caminho
Deixa meus pés
Na tua borda
Generosa
Me lave
Vem lavar
Iemanjá