Juçara’;Amigos;
Juçara entrou e tascou um beijo nele, dentro do carro. O beijo foi longo, molhado, demorado. Findo o tocar daquelas línguas, Juçara se virou e tascou outro beijo molhado e mais demorado no amigo dele. Os três dentro de um carro, num lugar lotado. Haviam dançado até sentir os ossos, suados e extasiados. Resolveram ir embora. Mas ali mesmo, no estacionamento, os beijos que Juçara deu viraram mãos, pernas e um emaranhado de braços. Ju no meio dele e do outro. O corpo delgado da moça entre a truculência dele e a fragilidade do outro. Quando o corpo de Juçara ia para frente, sentia a força dele dentro dela e quando se voltava para trás era a delicadeza quase imperceptível do outro que a preenchia. Ficaram naquele concerto sexual por algum tempo. Não sabem ao certo quanto. Mas o suficiente para mudar a amizade deles para sempre! Juçara gozou com um grito contido, abafado. Jorrou na dureza dele mas encarou o outro enquanto vivia aquela pequena e deliciosa morte. Morre-se um pouco todos os dias, disse o pequeno rapaz que a segurou firme enquanto seu gozo gel escorria por entre pernas. O silêncio tomou conta. Vestiram o que tinham de vestir de volta e foram embora. O caminho dali para frente, nem Juçara, ele ou o outro sequer imaginavam.