Marília’.O inesperado.
Marília estava em outra cidade. Tinha ido às pressas. Não contava com esse destino naquele final de semana. E também não imaginava o que esse danado do destino reservava para aquela noite. Marília se vestiu com capricho preenchendo com seu corpo um justo vestido estampado. Se colocou em cima de um salto nude, perfumou-se, delineou olhos e boca e carregou uma bolsa pequena apenas com o estritamente necessário. E partiu! Foi assistir ao show de uma grande amiga de infância que morava por aquelas bandas. Assistiu, curtiu e continuou a noite ao lado da infância nostálgica e de um desejo estranho dentro de si necessitando ser cada vez mais adulta. Cada vez mais ela mesma. Era uma mulher madura. Mas por razões que não valem a pena serem descritas aqui, ela queria crescer mais e mais. Foram jantar. Marília com sua amiga e os outros integrantes do show. O jantar estava delicioso e a cerveja de primeira estupidamente gelada. Esticaram para uma festa em um bairro não muito distante de onde estavam. E eis que surge o inesperado plantado no centro da rua. Marcos. Há muito, muito tempo não se viam. Se conheciam pouco mas tinham uma certa história compartilhada e guardada em um ponto do passado. Marcos já tinha tentado por diversas vezes sentir Marília bem junto de si. Mas a moça, por sua vez, sempre se esquivava de tais investidas. Porém, tudo agora parecia diferente. Conversaram o essencial, beberam mais um pouco, compartilharam um ácido e quando Marília finalmente percebeu, já estava dentro de um táxi rumo à casa dele. Compraram mais cerva no caminho. Nem precisavam. Mas compraram. Na casa de Marcos, apertaram um baseado, abriram e brindaram o trigo e se sentaram no sofá. Marcos pediu uma novidade da música e Marília colocou a banda de duas meninas incríveis. E ao som de Perotá Chingó, Marília e Marcos entregaram-se ao tempo daquele pedaço de noite. Primeiro ele cheirou cada pedaço de seu dorso, de suas costas delgadas. Acariciando sua pele com a boca e o bigode. A respiração de Marcos era quente e penetrante. As mãos foram se tornando tentáculos macios e precisos. As bocas já não se desgrudavam. Marcos gemia. Gemia alto. Aquilo também era inesperado. Completamente embriagados se jogaram na cama entrelaçados, suados. Marcos colocou uma camisinha e adentrou Marília por inteiro. Treparam gostoso e com gosto. Marília beijava suas orelhas, Marcos lambia suas pernas. Entrava e saía. O tempo se deslocou de maneira tão natural que Marília não se lembra de quando fechou os olhos. Só sabe que acordou, tomou um café preto sem açúcar e resistiu a uma transa matinal. Precisava ir. E foi! Com toda aquela loucura inesperada bombeando em ressaca dentro de sua cabeça. Mas todo o restante de seu belo corpo de novo enfiado dentro do vestido estampado sentia em arrepios as frequências ainda vivas daquele inesperado.
Unknown
15 maio 2017 @ 22:54
Ufaaa kkkkk nem respirei kkk