. .Tesão . .
Sentados sob o céu limpo, negro e estrelado. Um espaço celeste como teto de um tesão compartilhado em silêncio. O flerte do impossível ou até mesmo possivelmente proibido. A vontade oculta de trazer mãos para a pele do outro, apertando, sentindo, comprimindo. Alisando a textura e se demorando ao percorrer todo o contorno do outro corpo. O silêncio noturno com seus morcegos rasantes na água da piscina. O frescor gélido no pelo arrepiado. Lugar apropriado ao imaginário. O pecado residente em cada um daqueles corpos inquietos, semi tocados, pouco falados, muito contidos. O segredo do que não houve ficara para sempre guardado. Continuando no escuro do quarto.